Absoluto desabafo. Leia, por favor?

Mais uma época de revolta natural. Que época terrível de chuva, algo a ser comentado, debatido, pensado. Eu realmente estou muito preocupada com as pessoas de São Paulo, do Rio de Janeiro.. que situação, meu Deus! O que dizer? Já esperava. É daqui para pior, eu sempre quero falar sobre os fenômenos naturais, sobre as devastações.. mas o ser humano prioriza outras coisas, como o dinheiro e o agora, por exemplo. Para muitos, o certo é pensar somente no hoje, amanhã meus filhos que se lenhem, desculpem os termos. Eu não penso assim, sabe? Mas não há muito o que fazer para mudar muitos dos belos pensamentos que existem por aí, porque as pessoas já estão enjoadas de ouvirem falar: "Preservem a natureza!" e esses tipos de frases, ou acham que um papelzinho que se joga na rua, não faz tanta diferença. Diria que cada um só se educa, quando sofre uma consequência. Resultado, tem que alguém muito próximo morrer, para uma pessoa mudar, tem que uma casa ser derrubada pela chuva, para as pessoas não poluírem o ar, e olhe lá, porque o ser humano do jeito que é, depois de sofrer uma dessas, vai é poluir mesmo para que outras pessoas percam suas casas, vai é matar mesmo para descontar a morte de alguém muito próximo (a famosa vingança). Assim vai a vida, eu me decepcionando mais com os meus irmãos, me envergonhando mais, e pagando o parto dos inconscientes, inconsequentes. Diria que se eu decidir um dia não ter um filho (pouco provável), seria por exatamente o amar tanto a ponto de não desejar que ele se faça presente nessa realidade malígna de filho matando pai, de irmã querendo o namorado da irmã, de amiga atropelando amiga em busca de sucesso, de um infeliz em um inconstante retrocesso. Enfim, sem filosofias, sem justificativas, diria que seria mais um desabafo. Deus sabe o que faz, mas quem está fazendo somos nós. Eu tenho nojo de quem imagina encostar um dedo malicioso em uma criança, eu tenho vergonha de quem vai a praia e joga um palito de picolé nas águas. Então eu vivo a refletir, e em relação a agir, eu faço a minha parte e até a dos outros. Hoje o problema de viver, é a vida. Eu vou seguindo, só, pensando e sentindo.. sentindo. Já dizia o meu falecido avô: "Eu não quero estar aqui um dia para não ver o que virá por aí, beijos na boca a toa, casamentos acabando, mulher atirando fogo em marido, filho exigindo do pai, padre roubando e a natureza furiosa!", e como diria o meu falecido avô, eu digo hoje: queria ser da época dele, para não ser viva agora e não presenciar tantos acontecimentos que realmente me chocam. Enfim, absoluto desabafo.

Update:

www.jadealmeida.blogspot.com

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