a) Qual a situaçao política e economica do estado de Goiás nos primeiros anos de República no Brasil?
b) Aponte a influência das famílias Bulhões e Caiado na história de Goiás e indique a qual contexto politico brasileiro está relacionado.
c) Estabeleça relaçao entre contexto original (Goiás) e o nacional (Brasil) no período historico estudado.
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O sistema colonial fundava-se no que hoje se chama de “pacto colonial”.
Ao descobrir-se o ouro na Brasil, no final do século XVII, esse produto passou, imediatamente, a ocupar o primeiro lugar na estimação das autoridades e do povo, isso se devia, em grande parte, à mentalidade mercantilista.As minas eram, assim, uma espécie de colônia: um território dependente economicamente dos produtos e dos comerciantes da Bahia, do Rio e de São Paulo.Goiás foi o segundo produtor de ouro do Brasil, bastante inferior a Minas e um pouco superior a Mato Grosso. Em 1740 havia nas minas mais ou menos 450.000 habitantes, que conseguiam produzir e exportar 3,8 milhões de libras em ouro. Em 1740 havia nas minas mais ou menos 450.000 habitantes, que produziam e exportavam ouro no valor de 2,2 milhões de libras. A produção por habitantes na economia do açúcar era de 22 libras, e no tempo do ouro de 5 libras, isto é, quatro vezes menos..Podemos perguntar. Esta riqueza onde foi, que proveito trouxe para o Brasil e para Goiás? Uma dos possíveis respostas pra essa pergunta é a de que o ouro foi para a metrópole e, de lá foi parar no bolso dos banqueiros e industriais ingleses, que ensaiavam, na época, a Revolução Industrial. Goiás pouco ou quase nada recebeu, pois, após o fim do curto período de mineração houve um processo de ruralização da sociedade e definhamento e abandono das arraias e vilas. Alguns sumiram por completo, como é o caso de Ouro Fino.Goiás pertenceu ate 1749 a capitania de São Paulo. A partir desta data, tornou-se capitania independente.
Quadro Administrativo: a capitania de Goiás
Goiás fora descoberto por paulistas e ra uma terra teoricamente pertencente a capitania de São Paulo.Por isso de inicio considerado um território de minas dentro da capitania de São Paulo.
Nos primeiros anos o Intendente (responsável pela administração local das minas) foi Bartolomeu Bueno. O Anhanguera. Mas tarde, por causa de certas desordens (na verdade, os motivos foram políticos), foi substituídos pelo ouvidor. A corte portuguesa decidiu tornar Goiás independente de São Paulo, elevando-o à Categoria de Capitania.Em 1749 chegou a Vila Boa o primeiro Governador e Capitão General, D. Marcos de Noronha, o Conde dos Arcos. O território goiano passou então a ser denominado Capitania de Goiás,título que conservaria ate a independência, quando se tornou Província.Toda capitania do Brasil um governo próprio e independente, ligado diretamente ao rei e aos organismos centrais de Lisboa, especialmente ao Conselho Ultramarino.A autoridade principal era o Governador, responsável pela administração e pela aplicação das leis. A justiça a cargo do Ouvidor, independente nesta parte até do próprio governador. A parte da arrecadação de impostos (Fazenda Real) correspondia ao cargo de Intendente, também com bastante autonomia. Essa divisão era meramente teórica pois, constantemente um invadia a esfera de poder do outro, gerando conflitos que por vezes acabava com um derrubado pelo outro, de acordo com o prestigio junto à coroa.Com o Marechal de Ferro (Floriano Peixoto) no poder central consolidaram seu domínio na política de Goiás. O grande líder desta oligarquia foi Jose Leopoldo.
No entanto, em 1908, em decorrência da sucessão senatorial, Goiás viveu clima de intranqüilidade política, desaguando numa revolução (1909).Nesta luta saíram vitoriosos, mais uma vez, os Bulhões, a esta altura apoiados porEugênioo jardim e Antônio Ramos Caiado, que posteriormente, se tornaram fortes como políticos não só na área regional como nacional.Foram desentendimentos entre o grupo bulhônico e os Jardim-Caiado e o apoio da política de Hermes da Fonseca a estes, que levaram a oligarquia dos Bulhões à derrocada.A partir de 12, a elite dominante na política goiana, vai ser a dos Jardim-Caiado, popularmente conhecida como Caiadismo. No seu inicio os documentos registraram “política Eugenista”.A política de Hermes da Fonseca denominou-se “Salvações”, consistia em depor os grupos dominantes em vários estados, revestindo de poderes políticos elementos de Farda.Em Goiás recebeu o bastão do poder político o Coronel reformado Eugênio Jardim, que, por ser cunhado dos Caiados, dividiu com eles o mandonismo estadual. Após a sua morte, Antônio Ramos Caiado tornou-se o verdadeiro chefe político de Goiás.
Seus contemporâneos afirmam que dirigiu Goiás como se fora uma grande fazenda de sua propriedade.Somente foi afastado do poder quando o movimento renovador de 1930 tornou-se vitorioso. Em Goiás, seu grande opositor foi o médico Pedro Ludovico Teixeira.